A vida é breve. E o tempo está passando.

sábado, 11 de agosto de 2012

Afinal, o que temos de concreto que nos faça viver mais?


Os que acompanham este blog sabem que se trata de um compêndio de informações que vemos todos os dias pela mídia, normalmente com fundamento, mas também muita especulação e ficção científica.
Por isso, acredito que devo aos leitores um pequeno resumo daquilo que já encontrei por aí, que responda à pergunta “Afinal, o que temos de certeza científica que nos faça viver mais?”.
Quando comecei este blog, eu, e acho que também a ciência que tem nos sido popularizada, só conhecia uma maneira de viver mais: comendo menos. Desde os anos 30 sabe-se que a redução de calorias diárias, numa taxa de 30 a 40% prolonga a vida dos animais. O porquê só agora está sendo descoberto (clique aqui para ler detalhesno Scientific American Brazil).
A boa notícia é que a empresa Sirtris Pharmaceutical, Inc. (http://www.sirtrispharma.com/discovery-sirt1.html) já criou uma pílula que simula essa ausência de alimentos sem que precisemos passar fome. Vamos esperar chegar no mercado, lá por 2015-2016, para ver se realmente a nossa expectativa de vida passará dos 100 anos com saúde (30-40% mais que a média atual).

A segunda forma depende de sorte: aqueles que têm pais mais velhos possuem os telômeros (uma parte do cromossomo das células) mais longos. Isto é, os caçulas são geneticamente programados para viverem um pouco mais do que os primogênitos e quanto mais tarde alguém tiver filhos, maior será a possibilidade do bebê ser longevo.
Mais uma boa notícia: os cientistas estão conseguindo impedir o encurtamento dos telômeros (veja reportagens no NAHORAONLINE e no BUSCASAUDE)

A terceira forma de rejuvenescer é bem mais prazerosa: sexo frequente e “caliente”. Os pesquisadores escoceses, David Weeks e Jamie James, descobriram que casais que fazem sexo três ou mais vezes por semana (a média humana é duas), parecem até 10 anos mais jovens do que a média das pessoas (Veja a reportagem clicando aqui).
Tal pesquisa, ainda que em um universo estatístico pequeno, de 95 voluntários, abre portas para pensarmos em dois corolários.
O primeiro é saber se a aparência jovem corresponde a ser realmente mais jovem. Será que a idade biológica realmente é atrasada pela atividade sexual frequente ou apenas ocorre um relaxamento da musculatura da face e outros fatores que normalmente associamos à juventude? 
A segunda problemática é um pouco “Tostines¹”, diz respeito ao desejo. Será que as pessoas que fazem sexo parecem rejuvenescer, ou as pessoas que possuem mais libido, farão mais sexo e parecerão mais jovens? Isto é, será que o rejuvenescimento está ligado à mera prática sexual, dependendo, portanto, da vontade e facilmente modificável, ou depende da estrutura física e psicológica do indivíduo, sendo muito mais estrutural, difícil de mudar?
Minha opinião é a primeira, já que tal pesquisa apontou que casais que fazem mais sexo rejuvenescem juntos. As pessoas ficam mais dispostas porque fazem mais, e não fazem mais porque são mais dispostas. Tal conclusão vem ao encontro a uma regra observável na natureza, os que se reproduzem vivem mais: antílopes africanos por exemplo, os machos dominantes ficam no centro do grupo de fêmeas e os pouco ativos sexualmente, ficam na periferia, sendo devorados por predadores na primeira oportunidade. Diversos insetos copulam mesmo que decapitados. Sexo parece ser chave para a vida e para a longevidade.

Dessa maneira, se você não tiver nascido de pai velho, se você não estiver disposto a passar fome, por enquanto a ciência defende que só existe uma alternativa para se manter mais jovem: faça sexo! Por isso, aproveite caro leitor, desfrute a vida enquanto é tempo, pois se sentir prazer você passará mais tempo por aqui.
 



¹ Para os que não conhecem, o anúncio de biscoitos perguntava se Tostines vende mais porque é fresquinho, ou é fresquinho porque vende mais.