Fonte da imagem: imdb.com
Parece uma tecnologia tentadora que
está chegando em breve, não? Você escaneia o seu cérebro, transforma os seus
pensamentos e sentimentos em um arquivo digital, ou algo que o valha, transfere-o
para uma máquina e... Voilá! Você é um robô imortal.
Já tem gente estudando como fazer
isso, como o milionário russo Dmitri Itskov, que financia o Projeto Avatar da
Imortalidade, que pode ser acessado clicando aqui.
Você quer? Então assista o
maravilhoso seriado inglês Black Mirror,
com alguns episódios que se passam em um futuro próximo, no qual isso é
possível. Com certeza, desistirá desse sonho.
Até quanto a cópia será você? Ou, perguntando
de uma outra maneira: até quanto a cópia NÃO será você?
Fazer uma cópia digital da sua alma,
significa abdicar dos direitos humanos. Afinal, quais direitos possuem um
programa de computador? Alguém com uma cópia do seu cérebro, será o seu
proprietário: poderá colocá-lo como avatar em um game de guerra, para servir de
alvo, poderá torná-lo um escravo sexual, para tarefas domésticas ou de escritório,
poderá torturá-lo para confessar segredos íntimos, compartilhados com o seu eu biológico, ou simplesmente por sadismo, poderá
colocá-lo em uma prisão solitária por um milhão de anos, já que o tempo não tem
sentido no ambiente digital, poderá colocá-lo como um móvel ou um
eletrodoméstico de uma casa, poderá instalá-lo no corpo de um animal, criar inúmeras cópias... E nem
por isso, esse programa de computador deixará de ser você.
Imortalidade é o destino
paradisíaco da humanidade? Não necessariamente, pode ser simplesmente uma versão
tecnológica do próprio inferno.
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